quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Desinstitucionalizaçao da loucura e paradigmas modernos

Capacidades intelectuais sao supervalorizadas em nossa sociedade, esta mesma sociedade a que Adorno atribui fechamento, onde os modelos precisam ser enquadrados. Competitividade, beleza fisica, individualidade e independencia ,sao padrões deste enquadramento; significa entao que o individuo que nao preenche estes requisitos está .....excluso, em situação de exclusão; é amaldiçoado e infeliz porque tem que lidar com muitas contingencias, nao bastassem as necessarias, ele tem essas agregações das quais nao pode livrar-se, senao com a ajuda do sistema que tem saídas para esses problemões: produtos farmaceuticos, cosméticos intervenções, tudo em favor....do enquadramento, de deixar a exclusão e pertencer; neste ambiente pessoas portadoras de algum tipo de limitação, são vistas como problema e são altamente desvalorizadas. A palavra para mediar esta distancia intransponivel, seja para o portador da limitação seja para o que não comtempla o limitado é inclusão. Sao movimentos oriundos da década de 70.
Com a medicalização destas e de outras limitaçoes a Filosofia ocupou-se dos espaços de discussao, sempre de namoro com a ciencia que afinal tambem tem poderes de excluir. A elaboração, a produção do conhecimento precisa ser pertinente à comunidade cientifica e embora paradigmas sejam flexibilizados no ambito das Sociais, é sempre um processo de acrescer e complementar, discutir resultados anteriores, relacionando, continuando ainda que não linearmente.
Agora como Darwin observou e classificou a natureza, este também é um bom modelo para este fenomeno mutante que é a loucura através dos tempos. Nada mais lógico entao que ela migrasse do ambiente social para o epstemologico; agora não embarcamos sem destino os loucos, nem os confinamos, mas os entregamos aos ditames da Filosofia que se ocupa deles, no aspecto interno, social e historico, e junto com a psicologia quer apreender os modos de funcionamento do individuo, seus sofrimentos conforme a pesquisa. Se o individuo pode compreender seus proprios processos, então o psicólogo com a ajuda do filosofo, achou seu modo de estar no mundo, ser do mundo, juntamente com o louco e o que sofre as agruras da exclusao.
Presente fortemente no social, ambiente de conflitos e adoecedor para o sujeito, Pichon
nos presenteia com novos aspectos de questões antigas. Este mesmo ambiente que o individuo partilha com os demais de sua espécie pode ser curativo e adoecedor; gerador dos conflitos de proximidade e pertinencia, o sujeito precisa ser tratado no grupo, é sua chance, diz Pichon Riviere, já que o processo de subjetivaçao é tambem social.

Assim fica compreenssivel porque independencia intelectual é tao valorizada. Assim descobrimos os dominios do saber, que sem dominar o problema, domina a discussão dele.

Postado por Rosa F F Oliveira

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